quinta-feira, 22 de março de 2012

O planejamento do culto Infantil

A atividade com crianças exige uma abordagem diferenciada e estratégias específicas.

A igreja sempre se ocupou em ensinar a todos os grupos sociais o Evangelho de Jesus. Os primeiros apóstolos deixaram outros (discípulos) em seu lugar e assim o Reino de Deus foi se estendendo pelo mundo. Essa pregação tem sido o trabalho constante dos chamados por Deus que empenham suas vidas para ensinar a grandes e pequenos a mensagem salvadora de Cristo. São pessoas que tem por objetivo proporcionar uma visão integral e coerente da vida, relacionada com o Criador e com os seus propósitos.

Quando esses servos são enviados as crianças, devem possuir convicções profundas quanto ao compromisso e responsabilidade, tendo em vista que a atividade com crianças descreve dois focos: o primeiro é o evangelismo, que está relacionado com a necessidade de alcança-las e levá-las a um compromisso com Jesus Cristo, o Salvador e Senhor. O segundo é o discipulado, que diz respeito ao crescimento na Palavra de Deus ao compartilhamento da fé, através dos cultos infantis e escolas dominicais.

A proposta de cultos infantis surge como resposta à necessidade de se estabelecer uma unidade no Corpo entre adultos e crianças. O Senhor quer um corpo (igreja) unido, com todas as partes e em funcionamento harmonioso.

Nesse sentido, as crianças não podem viver isoladas. Precisam congregar-se. O Senhor nos manda congregar-nos, e promete uma benção especial aqueles que lhe obedecem: "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles", Mt 18.20. As crianças também pertencem ao Corpo de Cristo, tendo Jesus como cabeça. É direito delas serem levadas a conhecê-lo, aprender as verdades fundamentais da Bíblia, congregarem-se para adorar, seguindo um planejamento eficiente que respeite a sua faixa etária, desperte o interesse, a curiosidade e o regozijo de cultuar ao Senhor.

Umas das maneiras do líder espiritual cumprir a vontade do Senhor é estabelecer dias para as crianças realizarem o culto infantil e delegar um líder para assumir essa grande tarefa, pois os cultos vão provocar nelas um despertamento quanto à necessidade de estar em contato com Deus para que suas vidas sejam transformadas e aprendam a adorar, amar, servir e sejam treinadas para que no futuro assumam liderança.

CONSIDERANDO

Um aspecto importante a considerar é que o homem foi criado por Deus para adoração. Se a criança não adorar a Deus, ela irá prestar culto a heróis da TV e cinema, ídolos e coisas do mundo.

A tarefa de liderar o culto infantil é uma responsabilidade muito grande porque envolve o relacionamento do pastor e demais líderes eclesiásticos. As relações pessoais do líder exigem sempre uma postura de integridade e sinceridade, o que favorece uma operação organizacional.

Durante os intervalos entre os cultos é importante realizar de reuniões com frequência curta e diálogos. Agindo assim, o líder infantil sentir-se-á seguro, sabendo como se ajustar dentro da estrutura eclesiástica, e como deve proceder com sua equipe e responsáveis das crianças.

Na carta aos Hebreus o autor advertiu: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros", Hb 13.17.


PASSOS ANTES DOS CULTOS

1) A organização - O motivo pelo qual muitos cultos infantis não funcionam bem, em muitas das nossas igrejas, deve-se a falta de organização.  O maior problema centraliza-se nos líderes. Eles pensam que tudo pode funcionar com base no improviso. Há, sem dúvida, grande capacidade nos professores e possibilidade de improvisação nessa atividade, mas, sem organização, quase tudo o que se propõe e se tenciona está fadado ao fracasso. Portanto, uma boa organização é fundamental para o funcionamento do culto.

2) Coordenação - Na igreja é importante que haja uma coordenação para a realização dos cultos infantis. A função do coordenador é acompanhar de perto o crescimento espiritual das crianças e da equipe por meio de bate-papos informais.
3) O planejamento - Os seguintes tópicos devem ser observados ao se planejar um culto: a) agenda de cultos; b) Organização da equipe; c) Decisões sobre o culto - No processo de organização, muitas decisões precisam ser tomadas, daí os envolvidos no processo devem se questionar: Que assunto e vou ensinar? O que vou preparar? O que as crianças vão aprender? Quais as atividades vou planejar para o culto? Quem vai participar? Quais os recursos que vou precisar? Que estratégia usarei para motivar a participação das crianças? Como arrumarei o templo? Que perguntas vou fazer, após a história bíblica? Como deverei proceder caso as crianças se agitem?


ROTEIRO DE ATIVIDADE

O culto cristão é composto de uma série de ações. São atos conjugados, praticados pelo adorador, que em conjunto formam o culto. São indispensáveis ao culto verdadeiro:

1) Abertura - A recepção das crianças é muito importante. Receba-os com muita alegria, preparando uma atividade de quebra-gelo que proporcione um ambiente agradável a todos. Como exemplo, convide uma criança para relatar fatos, experiências e situações que estiveram envolvidas durante a semana.

2) Louvor - Inicie o culto com cânticos. Oriente-as que Deus nos dá motivos de alegria e louvor, bem como as vozes para adorá-Io. As atividades relacionadas com a música dão mais satisfação as crianças. Quando bem conduzidas, constituem um excelente recurso para o aprendizado da Palavra de Deus.

3) Oração - Enfatize a importância de uma criança realizar a oração. As crianças precisam conhecer o eu valor, pois a oração tem vencido obstáculos, guerras e curado enfermidades de todas as espécies e ressuscitado mortos.

4) Leitura Bíblica - A Bíblia deve ser apresentada sempre no início, com muita reverencia à Palavra de Deus. A Bíblia é muito diferente de outros livros porque para ser compreendida é preciso a iluminação do Espírito Santo.

5) Memorização de Versículos - A memorização de versículos é de valor eterno, pois a Palavra é viva e eficaz. Só ela da o conhecimento de Deus. A Palavra memorizada conduz à criança a salvação ( 1 Pd 1.23). Versículos decorados podem livrar os pequeninos de pecar (Sl 119.9) e prepará-los para pregar as Boas-Novas aos coleguinhas (1 Pd 3.15), e fortalecer a fé (Sl 119.28).

IDÉIA >> Para ser apresentada, confeccione uma grande Bíblia de papelão e coloque em local de destaque. Na hora da memorização do versículo, retire uma tira de papel com o texto escrito em letras grandes.

Confeccione também faixas com palavras coloridas, para que cada grupo etário fale uma, ao final todos falam juntos. Escolha o texto de acordo com o tema do culto. O dirigente deve saber o texto de cor, como o seu significado; leia o texto diretamente da Bíblia. Explique as palavras difíceis. Explique o ensino principal do versículo de maneira clara e objetiva. Use um método diferente para a repetição do versículo, e repita sempre com a referência.

Especial - Esta é uma atividade para descontrair e alegrar as crianças. É para ficar com aquele gostinho de "quero-mais". Faça uma rápida apresentação dramatizada com algumas crianças ou professores, utilizando fantoches ou um musical animado com louvores conhecidos.

Testemunhos - Os testemunhos são uma forma de gratidão pelo amor de Jesus em curar enfermidades, salvar, abrir portas de emprego para os pais, resolver problemas difíceis na família e levar a vitórias no boletim escolar. Enfim, os testemunhos irão glorificar ao Senhor, edificar as crianças, desenvolver a confiança em Deus e motivá-Ias a caminhar na estrada da fé.

Oferta - A oferta faz parte do culto. Quando nada se oferta a Deus, o culto não pode ser perfeito. "E ninguém apareça vazio perante mim", Ez 23.15. Um culto sem oferta é um culto antibíblico, pois as ofertas representam a expressão de gratidão do adorador. As crianças precisam aprender que quando se recebe de Deus, devemos dar daquilo que Dele recebemos.

Relacione para os pequeninos a utilidade das contribuições: fazer construções, ofertar as famílias carentes, comprar bancos, cadeiras, pagar a luz, água, materiais em geral para a igreja, auxilio pastoral, comprar materiais de limpeza e higiene etc. Sempre leia para elas antes de ofertar um versículo sobre a importância da contribuição.

História bíblica - Muitos líderes são excelentes contadores de histórias porque trouxeram consigo esta aptidão; outros precisam adquiri-Ia através de muito esforço e preparo. Sem dúvida, é possível ser um bom contador de histórias, basta gostar de ler, gostar de crianças e reconhecer a importância da história para elas.
A pessoa responsável pela história precisa estar consciente de sua importância. Deve transmitir as emoções através da voz sem gritar e sem falar muito baixo. Falar com clareza, utilizando uma linguagem simples e objetiva; evitar repetições desnecessárias, pois chamam atenção da criança. Por isso tome cuidado com os chamados "tiques" de linguagem, como por exemplo: certo, ma!? Então, aí, entendeu?

Convite para decisão - Ao apresentar a mensagem salvadora as crianças, devemos convida-las para que aceitem Jesus como o seu Salvador. Esse momento é importantíssimo, então o apelo deve ser claro. Os pequeninos precisam entender o seu significado. É recomendável que um material visual apropriado seja utilizado: cruz, céu, igreja, coroa etc.


Perguntas bíblicas - Tem por finalidade proporcionar as crianças momentos de alegria que enriquecem o conhecimento bíblico e dinamizam o culto ao final da história.

Distribuição de lembrancinha e lanche - Crianças gostam muito de receber lembranças, mesmo que sejam simples.

SUGESTÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS

Os recursos são elementos indispensáveis que facilitam a compreensão do tema, em conjugação com os métodos e todos os tipos de atividades no culto. Aliados a práticas adequadas exercem um papel preponderante no momento de apresentar as etapas do culto.

Oração - Trenzinho para levar os pedidos de oração.

Apresentar a Bíblia - Utilize caixa de fósforo com resumo dos livros dentro; Bíblia de papelão para ser destaque na hora da memorização do versículo. Retirar uma tira de papel com o texto escrito em letras grandes. .

Louvor - Preparar transparência com louvores e histórias bíblicas.

Ofertas - Antes de ofertar, as crianças devem saber o destino de suas contribuições; assim ficarão motivadas a contribuir com alegria. Prepare gravuras com visuais de missionários e suas necessidades, e apresente à igreja. Outros visuais, exemplo: materiais de limpeza, ornamentação do templo, instrumentos musicais e aparelhos de som, material de construção (se houver obras na igreja) e diversos materiais do templo.

Cada criança levará um visual para casa e, no próximo culto, ela devolverá o seu pedacinho com a oferta.

Convite ou lembrancinhas - Distribua tarefas com a equipe e faça: porta bala - cestinha feita com garrafa descartável; Cofre missionário - baú feito de material emborrachado; Sol - Para tema de assunto que fale de Jesus, a Luz do mundo; Igrejinha com versículo; Panela com versículo bíblico - tema: multiplicação dos pães; Móbile – Nascimento de Jesus; baú do Tesouro com versículo ou convite; álbum de figurinhas - A cada culto recebe-se uma figura.

Oração - Realize uma dramatização rápida para chamar atenção para o momento de falar com Deus. Pode-se encenar alguém pedindo socorro. Duas pessoas não ajudam, mas a terceira pessoa fala que também não pode ajudá-lo, e diz o nome de alguém que pode socorrê-la: Jesus! Assim, encerra-se a encenação, explicando às crianças que só Jesus pode ouvir o seu pedido de socorro. Distribuir mãozinhas coloridas de acordo com os pedidos de oração: Azul- vício na família; Vermelho - enfermidade; A mão natural- para agradecer; Amarela - necessidades financeiras (desemprego); Branca-melhorar o boletim escolar.

História bíblica - Confeccionar maquete da criação, painel sobre o universo, as belezas do fundo do mar; fazer maquete da cidade de Belém, magos e o estábulo do nascimento de Jesus; dramatizar a importância do perdão (Mt 5.22-26).

O professor pode pinçar do texto bíblico diversos objetos que ali aparecem. Assim a história vai ser melhor compreendida e o texto enriquecido com os recursos apresentados. Por exemplo: contar a história do carcereiro de Filipos utilizando molhos de chaves antigas, espada, correntes, tocha, gaiola, prisão e um tamborzinho na historia que fala sobre terremoto.

Material para ornamentar o ambiente - Bandeiras com visuais evangelísticos, faixas com versículos bíblicos, flâmulas com frases objetivas: Jesus é nosso amigo; Jesus está aqui; Somos do Reino dos Céus!; Jesus é meu!; Jesus é Senhor!; Jesus é Rei; Jesus está vivo.

Recurso evangelístico - Gotas de sangue - apresentar dizendo que somente elas limpam o coração. Céu - apresentar dizendo que será o nosso futuro lar; Cruz - quando falar sobre a Redenção. Igreja - o lugar de adoração e comunhão com Deus e com o próximo. Túmulo vazio - quando falar sobre o poder da morte e a vitória de Jesus sobre ela. Presente - quando falar que Jesus é o maior presente de Deus para a humanidade (Jo 3.16).

Extraído: Manual de Obreiro

2 comentários:

  1. Ambientes barulhentos agridem

    Na 22ª. segunda semana de gravidez, a cóclea, órgão que abriga todos os componentes da audição dentro da orelha interna, já está completamente formada. Isso quer dizer que o bebê ouve a mesma coisa que você.

    Estudos já demonstraram que o líquido amniótico pode amplificar alguns tipos de som, como os muito graves. A voz da mãe também é amplificada em cerca de 5 decibéis.

    Um estudo chegou a mostrar que mulheres que trabalhavam oito horas por dia num ambiente de muito barulho (em volumes que exigiam proteção auricular) corriam mais risco de ter bebês com problemas auditivos.

    Além disso, é preciso considerar que um barulho muito forte faz com que o organismo da mãe produza hormônios ligados ao estresse, fazendo o coração acelerar, o que não é bom para a saúde cardíaca do bebê.

    Os bebês, desde o útero materno, ouvem e reconhecem vozes. Sabe-se também que são capazes de sentir emoções da mãe, de se assustar e que após o nascimento terão memórias da vida intra uterina.

    O psiquiatra canadense Thomas Verny explica no livro “Bebês do Amanhã: Arte e Ciência de Ser Pais”, que desde os primeiros meses de gestação, a criança é capaz de identificar certos acontecimentos.

    “Com 4 meses e meio, se você acender uma luz forte na barriga de uma gestante, o bebê vai reagir. Se fizer um barulho alto, ele tenta colocar as mãos nas orelhas. Se colocar açúcar no liquido amniótico, ele vai dobrar a ingestão. Bebês gostam de açúcar! Quando se coloca algo amargo, o bebê para de tomar o líquido e faz cara feia. Eles sentem a diferença entre doce e amargo, reagem à luz, ao toque e ao barulho.”

    Vídeo-game e todos os brinquedos sonoros devem ser avaliados pelo som que emitem. “O sistema auditivo é um órgão sensorial extremamente delicado e passível de lesões se for muito carregado, principalmente em bebês, que têm uma sensibilidade auditiva muito apurada. A célula ciliada do ouvido interno do bebê sofre com o ruído excessivo e esse abuso pode acabar levando à sua destruição”, alerta o otorrinolaringologista Jamal Azzam.

    A indicação é sempre manter os pequenos longe de ambientes muito barulhentos, seja um local fechado ou na rua, onde o som do trânsito também causa incômodo. Se for inevitável fugir desses locais, o ideal é proteger os ouvidos da maneira certa. “Muitos pais usam algodão para tapar o canal auditivo, mas isso não garante a vedação necessária do som. Uma opção é usar fones de ouvido de boa qualidade que preservem a audição”, finaliza Azzam.

    “Há uma região no cérebro chamada “tálamo”. Esta é a parte do cérebro na qual a música é percebida. No tálamo as emoções, sensações e sentimentos são percebidos antes destes estímulos serem submetidos às partes do cérebro responsáveis pela razão. A música, portanto, não depende do sistema nervoso central para ser assimilada imediatamente pelo cérebro. Ela passa pelo aparelho auditivo, pelo tálamo e depois vai ao lobo central.

    A “batida” que substitui o ritmo provoca um estado de emoção que a mente não discerne. Desorganiza a química. As batidas graves da percussão afetam o líquido cerebrospinal.
    O volume (amplificado) das músicas acima de 50 decibéis prejudica a audição e a saúde cerebral”.


    Ivone Boechat

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    Respostas
    1. Olá Ivone! Muito obrigada por sua visita aqui no blog e por compartilhar conosco esse texto muitissimo importante! Mais um importante motivo para que as crianças tenham um tranalho diferenciado, pensado e estruturado de forma que satisfaça suas necessidades físicas, emocionais e espirituais.

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